Ultrapassada por Fortaleza, Salvador deixou, em 2018, de ser a cidade
com maior Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste. É a primeira vez que
isso acontece desde 2002, segundo dados divulgados nesta quarta-feira
(16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a
perda, a capital baiana caiu de 9º para 10º lugar no ranking dos
municípios com os 10 maiores PIBs do Brasil. Salvador foi o município
que mais perdeu participação na riqueza gerada no estado entre 2002 e
2016. Por outro lado, quem mais ganhou peso na economia da Bahia, nesse
período, foi Feira de Santana. Apesar deste resultado, a cidade continua
em terceiro lugar, atrás de Camaçari, no top 3 das cidades com maior
PIB no estado. Em 2002, de cada R$ 100 gerados na Bahia, cerca de R$ 27
vinham de Salvador, que respondia por 26,8% do PIB do estado. Em 2018, a
participação ficou em 22,2%, ou seja, a capital era responsável por
pouco mais de R$ 22 de cada R$ 100 gerados no estado. Já Feira de
Santana, que contribuía com 3,7% do PIB da Bahia em 2002, viu sua
participação crescer para 5,1% em 2018. Nesse período, a cidade passou
por quatro mandatos do ex-prefeito José Ronaldo e um de Tarcízio
Pimenta. As duas cidades têm forte peso nos serviços privados
(excluindo-se a administração pública), que representavam em 2018 72,0%
do valor gerado pelos setores produtivos em Salvador e 65,1% do valor
gerado em Feira de Santana. A perda de peso de Salvador no PIB baiano se
explica justamente pela redução da importância da capital nos serviços
privados (de 42,3% para 31,4% do valor gerado pelo setor no estado,
entre 2002 e 2018), com uma perda relevante também na indústria (de
18,8% para 12,8%). Já o ganho de Feira se deu com um pouco mais de força
no setor industrial da Bahia (de 2,9% em 2002 para 4,5% em 2018) do que
nos serviços privados (de 4,8% para 6,4% do valor gerado no estado).
(Com informações do BN)
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17/12/2020 06H19