Foto: Rafaela Araújo | Ag. A TARDE

Por:  Isabela Cardoso e Lula Bonfim Portal A Tarde

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou na sexta-feira, 19, a criação de uma ronda especial, de policiamento, para o combate à intolerância religiosa. A novidade foi revelada pelo petista durante um evento, no Pelourinho, com a presença de blocos afros e afoxés, ambos influenciados pelas tradições do candomblé.

Segundo Jerônimo, a ideia da criação de uma ronda especial de combate à intolerância foi sugerida por lideranças religiosas do estado. A sugestão passou por uma análise da gestão estadual e foi aprovada.

“Da pauta que eles nos entregaram, nós entregamos hoje uma ronda, contra qualquer tipo de intolerância religiosa. Nós estamos falando aí de um perfil de ronda que é inovador, que só tem na Bahia. Nenhum canto do país tem uma ronda que fiscaliza, que acolhe qualquer tipo de pessoas a religião acometida por esse crime”, disse Jerônimo.

O gestor estadual também revelou que a criação de uma delegacia especializada para a questão também foi sugerida e vai ser avaliada na próxima semana pelo governo da Bahia. Caso seja aprovado, o governador deverá encaminhar um projeto de lei à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) a partir de fevereiro, para regulamentar o tema.

“Demandaram também, além da ronda, uma delegacia especializada contra a intolerância. E eu, dialogando com a Secretaria de Segurança Pública, com o comando-geral da Polícia Militar e com a delegada-geral da Polícia Civil [Heloísa Brito], nós vamos adaptar o que nós temos de proposta. E marcamos uma reunião na quarta-feira, dia 24, 14 horas, no meu gabinete, para que a gente possa aperfeiçoar o que está lá”, afirmou o governador.

Jerônimo, que já demonstrou algumas vezes a sua fé católica, também mandou uma mensagem, pedindo respeito às diferenças religiosas e o envolvimento de todos os setores da sociedade no combate à intolerância. De acordo com ele, artistas baianos já foram contactados para que, durante suas apresentações no Carnaval, mandem mensagens de respeito às religiosidades.

“Ninguém é obrigado a ter a mesma fé, a mesma igreja que eu participo. Que a gente possa fortalecer, neste dia, a nossa fé em Deus, do jeito que a gente acredita”, comentou o petista.

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