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Fonte: Ascom
O número de médicos na Bahia aumentou 74% de 2011 para cá, segundo dados da Demografia Médica 2024, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (8), aponta que o estado tinha 17.014 médicos há 13 anos e, agora, conta com 29.611 profissionais. Com isso, a densidade por mil habitantes também deu um salto: passou de 1,21 para 2,09 médicos por cada grupo de mil pessoas.
“A pesquisa aponta o crescimento no número de médicos por habitantes, mas é preciso ressaltarmos que quantidade não é qualidade. Estamos diante de uma preocupante onda de abertura de novas escolas médicas sem critérios técnicos e estrutura mínima para garantir uma boa formação. Além disso, os vínculos empregatícios dos médicos continuam precarizados, a gestão pública de saúde segue deficitária, o que revela não ser a quantidade de profissionais da Medicina no mercado de trabalho, que, por si só, irá resolver a questão da saúde no estado”, analisa o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Dr. Otávio Marambaia.
Na Bahia, as médicas são maioria: 15.150 contra 14.461 médicos. A média de idade desses profissionais é de 45,47 anos, enquanto a média do tempo de formado chega a 18,81 anos. Na distribuição pelo território, verifica-se 16.309 médicos atuando na capital, Salvador, ou seja, 55% do total, e 13.302 no interior. Por ter mais médicos, Salvador se destaca com uma média de densidade médica muito superior à registrada no interior da unidade da federação. Na capital, são 6,73 médicos para cada mil habitantes. Já no interior, é 1,13 por mil habitantes. A maioria dos médicos não tem Registro de Qualificação de Especialidade Médica (RQE): 14.916. Outros 14.695 são especialistas (têm RQE).
Brasil – A Demografia Médica 2024 do CFM revela que o País nunca contou com tantos médicos como atualmente. O levantamento mostra que o Brasil tem hoje 575.930 médicos ativos, uma das maiores quantidades do mundo. O número resulta em uma proporção de aproximadamente 2,81 médicos por mil habitantes, a maior já registrada na história nacional. “Outra questão a ser observada é que o aumento do número de médicos depende também de melhores condições de trabalho e de estímulo aos profissionais no cumprimento de sua missão. A qualidade da assistência não é uma questão apenas matemática, mas que exige planejamento e boa gestão”, afirma o presidente do CFM, José Hiran Gallo.
Desde o início da década de 1990, a quantidade de médicos mais que quadriplicou, passando de 131.278 para a atual, registrada em janeiro de 2024. Este crescimento, impulsionado por fatores como a expansão do ensino médico e a crescente demanda por serviços de saúde, representa um aumento absoluto de 444.652 médicos, ou seja, 339%, em termos percentuais. Comparando os crescimentos da população em geral e da população médica, é possível ver que o total de médicos aumentou oito vezes mais do que o da população em geral, durante esse período. Em termos absolutos, a população brasileira passou de 144 milhões em 1990 para 205 milhões em 2023, conforme dados do IBGE.