Imagens: Ascom PF

Reportagem: Hely Beltrão com informações da PF

A Polícia Federal realizou na manhã desta terça (9), a Operação Hybris, um desdobramento da operação El Patron, deflagrada em 7 de dezembro do ano passado que teve como um dos alvos, o deputado estadual Binho Galinha (Patriotas) e tem por objetivo desarticular uma estruturada e sofisticada organização criminosa especializada na lavagem de capitais proveniente de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana/BA e região.

Até o momento, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, dezessete mandados de busca e apreensão, bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados, além da suspensão de funções públicas de cinco policiais militares e de atividades econômicas de uma empresa, em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana/BA.
Segundo informações, dos cinco policiais militares alvos da operação, três são oficiais, entre eles um tenente coronel. Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 13 Auditores-Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal.

Nessa nova fase da operação, verificou-se que os policiais militares alvos da operação integram o braço armado do grupo miliciano, que tinham a atribuição de fazer a segurança de várias atividades ilícitas desenvolvidas pela organização criminosa, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores angariados em decorrência de infrações penais. Ainda segundo a PF, um dos investigados foi beneficiado em dezembro com a prisão domiciliar, com o aprofundamento das investigações, evidenciou-se a necessidade do seu retorno à prisão, o que foi acatado pelo Poder Judiciário.

A Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

A deflagração da operação contou com o apoio do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO).
A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

O nome da operação faz alusão ao conceito grego Hybris, o qual significa tudo que passa da medida, aludindo a uma confiança excessiva, orgulho exagerado, arrogância ou insolência que com frequência termina sendo punida. Sendo assim, tal conceito aplica-se, perfeitamente, ao contexto da operação, em razão do comportamento contumaz dos investigados de perpetrar ações criminosas, de modo que eles se sentiam os intocáveis.












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